História do Seguro
Ao longo dos tempos, o homem se vê ameaçado por cataclismos, incêndios, roubos e acidentes do toda e espécie. A atenção do homem está sempre voltada para garantir sua vida, a segurança de sua família e a manutenção de seu patrimônio. A origem do seguro se confunde, então, com a história do próprio homem e sua necessidade de organizar-se em grupo para enfrentar as situações mais difíceis.
Na Babilônia, por exemplo, os integrantes das caravanas que iriam atravessar o deserto uniam-se para garantir a substituição de camelos - caso alguém perdesse algum animal na viagem. As Corporações, na Idade Média, nada mais eram que Instituições de proteção econômica da coletividade.
Mas só no ano de 1347 é que aparecem, em Gênova, o primeiro contrato de seguro. E a primeira apólice surge na cidade de Pisa, em 1385. Ambos eram seguros criados para navegadores que faziam intenso, e sempre perigoso, comércio marítimo.Quando, em 1666, um incêncio em Londres destruiu aproximadamente 13.200 casas, 89 igrejas e a Catedral de Saint Paul, os inglses fundaram o Fire Office para socorro dos atingidos, Só então atentaram para a necessidade de uma forma de previdência para amenizar financeiramente os prejuízos: surgia o mais antigo seguro terrestre, o seguro contra incêndio.
No Brasil, a atividade de seguros - inicialmente o marítimo - teve início em 1808 com a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional por D. João VI, através da primeira sociedade seguradora, a Cia. de Seguros Boa Fé.O seguro evoluiu com o homem, mas o mutualismo, princípio já presente em todas as formas ancestrais de contrato de auto-proteção, permanece até hoje imutável.

Outras formas de garantia foram surgindo daí em diante, sempre na intenção de ressarcir as perdas. Repor o bem perdido ou destruído por outro, de igual tipo e valor, constitui o princípio da reposição.O último princípio básico do seguro é o que garante o mutualismo e a reposição: não permitir que nenhum participante obtenha lucro através do seguro, ou seja, receba uma indenização superior à que tem direito.
Atualmente, as formas de indenização são diversificadas de acordo com as necessidades do homem. Nos seguros pessoais, o objeto do seguro - a vida- tem valor imensurável. Portanto, o montante da indenização é determinado na medida da necessidade do segurado de se precaver contra um acontecimento inesperado ou trágico, capaz de abalar irremediavelmente sua estrutura pessoal e familiar.
O seguro é uma instituição cada vez mais indispensável no contexto do mundo moderno, em que o indivíduo, prevenindo-se contra múltiplas formas de agressão, contribui para o fortalecimento da sociedade à qual pertence.